Dia da mulher

'Devemos cuidar da nossa gente. O Judiciário é feito para gente', diz nova presidente do TJ do Estado

Arianne Lima e Pâmela Rubin Matge

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Arquivo pessoal

As pautas femininas marcaram presença toda a programação do Grupo Diário nesta terça-feira. No programa F5, além de receber as jornalistas da casa, Gabriela Perufo, Dandara Flores Aranguiz e Leandra Cruber, a repórter especial apresentadora Pâmela Rubin Matge entrevistou a desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, que recentemente tornou-se a primeira mulher a assumir a presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. 

ASSISTA À ENTREVISTA DA DESEMBARGADORA NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

AVANÇOS

Ao ingressar no judiciário em 1985 como pretora e em 1986, como juíza de Direito, Iris Helena encontrou um cenário que completamente diferente do atual. Apesar do lento processo, ela comenta observar a existência de um despertar feminino, no qual as conquistas são visíveis tanto na iniciativa pública quanto na privada.

- Eu posso dizer que é recente esse movimento feminino. É recente a data em que nós conquistamos o direito de votar, de nos expressarmos como cidadãs. É recente a nossa liberdade de estudarmos, de frequentarmos as universidades, de nos qualificarmos e de sermos vistas como alguém que, ao lado do homem, pode e deve prosseguir em uma caminhada que leve a realização pessoal e também a prestação de relevantes serviços - argumenta Iris Helena. 

No âmbito da Justiça, a desembargadora destaca o aumento da presença feminina nos setores:

- Hoje, o judiciário gaúcho tem em seus quadros, entre magistradas e servidoras, 58%. É muito importante isso e eu tenho, que nós do judiciário gaúcho, temos o exemplo de valorização feminina.

Ao assumir o cargo de presidente do TJ/RS no inicio de fevereiro deste ano, Iris Helena tornou-se símbolo de representatividade para muitas advogadas e profissionais do Direito. Em entrevista, ela fala sobre o desejo de fazer com que essas conquistas sejam mais frequentes.

- O meu desejo é uma sociedade em que a mulher possa tanto quanto o homem, em igualdade de condições, ocupar o seu lugar social, profissional em conformidade com a sua qualificação e aptidões, dispondo sempre das mesmas oportunidades sem qualquer distinção. Que as mulheres continuem bravamente a sua luta. A caminhada é longa, mas as conquistas se perfazem e chegaremos todas muito longe, em patamares muito altos - afirma Iris Helena. 

MUDANÇAS

Entre as metas citadas por Iris Helena para a administração no biênio 2022/2023, está uma maior aproximação com o público e a facilitação do acesso a processos jurídicos. 

- As demandas prioritárias dizem que devemos cuidar da nossa gente. O judiciário é feito para gente. Então, é sobre cuidar do nosso público interno, magistrados, servidores e também manter um olhar firmemente voltado aos nossos jurisdicionados, a população de um modo geral. Nós estamos implementando a justiça eletrônica. Queremos, em 2022, um judiciário gaúcho 100% virtual, para tanto estamos trabalhando firmemente no processo de virtualização dos nossos feitos físicos - diz Iris Helena. 

Ainda no mês da mulher, novas ações ainda devem ocorrer, como a instalação de uma linha telefônica especial na ouvidoria para o atendimento de casos relacionados a ofensa contra mulher e/ou do núcleo familiar desta. Segundo a desembargadora, a ação está marcada para o dia 16 de março e o número será divulgado em breve. 

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